<% text %>
Close
Clear search
Close search

Albums

<% album.title %>

Aucun album trouvé

News

<% formatDate(article.published_at) %>

<% article.title %>

<% article.tags[0] %>
Aucun article trouvé
    Close icon
  • Label
  • Carte
  • Nøf Tv
  • Shop
Mon panier
<% cart.item_count %>
Close icon
  • <% item.product_title %> <% item.product_description %>
    <% item.variant_title %>
    -
    <% item.quantity %>
    +
    <% (item.final_line_price / 100) | currency({ fractionCount: 0 }) %>
Acheter <% (cart.items_subtotal_price / 100) | currency({ fractionCount: 0 }) %>
<% cart.item_count %>

O Céu É Velho Há Muito Tempo

Lucas Santtana

NØF.45 — 2019

Titres Crédits Bio Liens Tour
Previous button
<% index + 1 %>
Pause button
Play button
<% sound.title %>
Lyrics
Soundcloud logo
Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Portal de ativação galáctica 

Caminhante do céu planetário vermelho 

Quem ai quer falar ? Levanta a mão 

Quem ai quer escutar ? Levanta a mão 

Quem quer se manifestar ? Levanta então 

Quem ai quer entender? 

Desde a casa leste da luz, que a sabedoria se abra em aurora sobre nós, para que vejamos tudo com claridade. 
Desde a casa norte da noite, que a sabedoria amadureça entre nós, para que vejamos tudo desde dentro.  
desde a casa oeste da transformação, que a sabedoria se transforme em ação correta, para que façamos o que tenha que ser feito.  
desde a casa sul do sol eterno, que a ação correta nos dê a colheita, para que desfrutemos do ser planetário.  
desde a casa superior do paraíso, onde se reúnem os entes das estrelas e os antepassados, que as suas bênçãos cheguem até nós agora. 
 Desde a casa interior da terra, que o pulsar do coração de cristal do planeta nos abençoe com suas energias, para que acabemos com as guerras. 

Desde a fonte central da galáxia, que está em todas as partes ao mesmo tempo, que tudo se reconheça, como luz de amor mútuo. 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Quando a fera fere e mata alguém 

Só porque difere de gênero, tem 

Algo enrustido, algo enrustido 

 

Quando descrimina a pele de alguém 

E não preza a mina de onde cê vem 

Faz um ebó pra ele, um ebó pra ele 

 

Ninguém solta a mão de ninguém 

Olho no olho, gente por gente 

Cuidar de cada um dentro de nós 

 

Quando acelera, atropela alguém 

Envenena o ar e expõe seu desdém 

Pega a bicicleta, pega a bicicleta 

 

Se derruba a mata e atira em alguém 

Que cuida da floresta como mais ninguém 

Faz um rapé pra ele, um rapé pra ele 

 

Ninguém solta a mão de ninguém 

Olho no olho, gente por gente 

Cuidar de cada um dentro de nós 

 

Se criminaliza o direito de alguém 

De ter moradia e uma terra também 

Movimenta ele, movimenta ele 

 

Esse alguém sem nome sou eu e você 

Se juntar não some, faz aparecer 

Nome e sobrenome, nome e sobrenome 

 

 

 

 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Brasil patriota, só na hora do gol 

Brasil patriota, só na hora do show

 

Mas quando a lama avança 

A pátria não é tão gentil 

O supremo rasga a carta 

A clava mata no covil 

 

Mas quando a fome no mapa 

E longe de onde se come aqui 

O heroico brado cala 

O berço finge que não viu 

 

Que a natureza se rebele 

Selvagem cubra a terra 

Tome tudo de volta 

 

E sobre só as plantas 

E o canto dos pássaros 

E sobre só o orvalho 

E o canto dos pássaros 

E sobre só a seiva 

E o canto dos pássaros 

E sobre só o pólen 

E o leito dos rios 

 

Em todo ser vive a serpente 

Semente cósmica fecundou 

Terras e povos até o ocidente 

Resiste o DNA  

Na sua natureza 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Justiça que mente

Polícia que mata

Igreja que achaca

 

Milícia protege

Bandido purista

Ladrão é o artista

 

A rede que cansa

A nuvem que pesa

A tela que cega

 

Um amigo é como tocar o que não se partiu

 

Não tenha medo, estamos juntos de você

Um professor está falando com você

Tire essa arma da mão

 

Bobagem é notícia

Museu é entulho

Burrice é orgulho

 

Mentira é lucro

Cadáver insumo              

Governo sem rumo

 

Toda prisão é política

E todo pobre é perigo

 

Um amigo é como tocar o que não se partiu

 

Não tenha medo, estamos juntos de você

Um professor está falando com você

Tire essa arma da mão

 

 

 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Nasci menina na cidade grande

A maior da américa do sul

Comia hambúrguer, via filme gringo

Falava inglês e ouvia blur

 

Um belo dia já adolescente

No remelexo conheci forró

E desde então é coração saudade

 

Foi, foi, foi

Foi meu primeiro amor

Foi, foi, foi

E até hoje eu danço esse calor

 

Nasci menino longe da cidade

No semiárido lá do sertão

Não tinha água tão pouco comida

Até que lula veio e deu a mão

 

Um belo dia já adolescente

No remelexo fui fazer forró

E conheci uma galeguinha linda

 

Foi, foi, foi

Foi meu primeiro amor

Foi, foi, foi

E até hoje eu danço esse calor

 

Será que pode um nordestino pobre

E uma menina classe média, sim

Juntar os trapos, romper as barreiras

De um país que ainda pensa assim

Hoje moramos na cidade grande

Mas nossa casa é do interior

E nossos filhos cada vez mais lindos

 

 

 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Mesmo que seja um dia ruim

E o atraso feche o cerco

A nossa desobediência

Não come caruru azedo

 

Mesmo que o dia seja bom

Que o trabalho prosperar

Que os amigos estejam perto

Sei que o melhor há de chegar

 

Bichinho tu é muito lindo

E eu volto pra casa sabendo de cór

Que dentro da sua barriga

Tem vida, tem vida

 

Bichinho tu é muito lindo

E eu volto pra casa sabendo de cór

Que é velho esse céu meu amor

Vem dormir de conchinha

E sentir meu calor

 

Mesmo que seja um dia ruim

E as trevas draguem tanto medo

A cura é luz e medicina

Encanto, ávido, aceso

 

Mesmo que o dia seja bom

Que o trabalho prosperar

Que os amigos estejam perto

Sei que o melhor há de chegar

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Tu beso se hizo calor
luego el calor, movimiento
luego gota de sudor
que se hizo vapor, luego viento

 

Que en un rincón de la rioja
movió el aspa de un molino

mientras se pisaba el vino
que bebió tu boca roja

 

Tu boca roja en la mía
 la copa que gira en tu mano
 y mientras el vino caía
 supe que de algún lejano rincón

 

De otra galaxia
 el amor que me darías
 transformado volvería 

Algún día a darte las gracias

 

Cada uno da lo que recibe
y luego recibe lo que da

nada es más simples
no hay otra norma
nada se pierde
todo se transforma

 

El vino que pagué yo
con aquele euro italiano
que había estado en un vagón
antes de estar en mi mano

 

Y antes de eso en torino
y antes de torino en prato
donde hicieron mi zapato
sobre el que caería el vino

 

Zapato que en unas horas
buscaré bajo tu cama
con las luces de la aurora
junto a tus sandalias planas

 

Que compraste aquella vez
en salvador de bahía
donde a otro diste el amor
que hoy yo te devolvería


  

 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Não vamos nos desgrudar nunca mais

Tatuagens no corpo são pra sempre

Não vamos nos desgrudar nunca mais

Isso você dirá com um sorriso

 

Sentirei sua falta bem na minha chegada

A casa estará vazia, só a espada de são jorge

Nas primeiras cartas o tesão flutuante

Olhos, ondas, levante, coração adolescente

Sentirei sua falta na minha praia da infância

No toque da alvorada, passos e consonâncias

 

Não vamos nos desgrudar nunca mais

Tatuagens no corpo são pra sempre

Não vamos nos desgrudar nunca mais

Isso você dirá com um sorriso

 

Sentirei sua falta quando for noite em santa

Na boate de cumbia, lobos, fitas e danças

Você tirou a camisa, a flor negra no peito

A baleia no braço, confiando em meu abraço

Sentirei sua falta na escada rolante

Abbott e costelo naquele filme alucinante

 

Sentirei sua falta quando for lua cheia

Sobre a cama exaurida 

A história de nossas vidas

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Que venha um amor

E mexa com o mar

Que nem a lua deixa

E que esse amor 

Seja sempre 

Independente 

Para não virar prisão

 

Traga o silêncio, vem

Junto com alguém

E que esse alguém 

Seja sempre

O que me beija 

E eu voarei também

 

Se ele traz o que é o bem maior

Serei só gratidão

Se ele traz o que é o bem maior

Chega para mim

 

Que venha um amor 

E mexa com você

Como a força deixa

E que esse amor 

Seja sempre 

Um pano quente

Fácil não tem ninguém

 

Traz o inconsciente, vem

Junto com alguém

E que esse alguém 

Seja sempre

O que se deita 

E eu voarei também

 

Left arrow
<% sounds[lyricsDisplayedIndex].title %>

Agua corre sobre a pedra
fio que descarrega
nem todo ouro doura a pele
nem toda luz é veloz
todo verde é transparente
e treme ao vento
o dia é alto e bate palma
cai a noite, esconde a voz
 
o seu pai era bandido
mas você apareceu
 
nunca é um de uma vez
nunca mais uma coisa só

All songs written & composed by Lucas Santtana 

except 7 (Jorge Drexler), 9 (L. Santtana/L. G. Lopes) 

and 10 (L. Santtana/A.Lindsay)

 

Executive production and A&R - Lucas Santtana

 

Artwork - Sirc Heart

Graphic design - Element(s)

 

Lucas Santtana - voice and acoustic guitar

Recorded, mixed and produced by Gilberto Monte

Mastered by Redtraxx

 

Portal de Ativação uses a piece of "7 way prayer" by Valum Votan

Le Brésilien Lucas Santtana est né en 1970 à Salvador de Bahia, capitale noire d'un Nordeste résistant. Ayant fréquenté très tôt les milieux tropicalistes, mouvement radical apparu à Bahia à la fin des années 1960 et incarné par Gilberto Gil, Tom Zé ou Caetano Veloso, il en a gardé l'esprit, et un précepte : toute vision de la modernité passe par la rupture. Son huitième album, Le ciel est vieux depuis longtemps, suit cette logique. Après les collages électroniques, voici Lucas Santtana revenu à la simplicité « voz- violão », guitare-voix, à laquelle nous avait habitué João Gilberto, héros brésilien disparu en juillet 2019, et qui avait créé la bossa nova en cassant les arcanes de la samba. « Publier cet album alors qu'il vient de disparaître est pour moi, un symbole fort », dit Lucas, homme cordial.

 

Pour ses deux précédents albums, le caméléon Sobre Noites e Dias (2014), et le multimedia Modo Avião (2017), Lucas Santtana avait utilisé des échantillonnages de sons, des extraits littérairs (avec par exemple la voix de Fanny Ardant), des bruits et dialogues enregistrés à vif à la porte d'un avion, tandis que O deus que devasta mas também cura (2012) proposait des samples de Beethoven ou de Debussy. Cette fois, la sobriété est le maître mot. « D'une part, d'un point de vue personnel, j'étais allé au bout de ces architectures sonores. Je voulais m'en séparer, et comme après la fin d'un mariage heureux, tout laisser, partir avec une seule valise, simplement. Et puis, politiquement, puisque nous sommes dans une époque où tout le monde crie très fort, où personne ne veut écouter l'autre, j'ai pensé que c'était le moment de parler tout bas aux oreilles des gens ». L'auteur-compositeur interprète bahianais a ainsi cherché les points d'intersection entre l'intime et la situation politique et sociale, très dégradée au Brésil depuis l'élection du président populiste d'extrême droite Jair Bolsonaro fin 2018.

 

Lucas Santtana observe les turbulences du monde avec un mélange de grâce et de pessimisme : « Le monde traverse un orage où l'extrême droite avance avec des idées rétrogrades. Le Brésil n'est pas différent. Un gouvernement de miliciens est arrivé au pouvoir de manière douteuse, aidé par les fake- news diffusées en masse sur WhatsApp notamment. Il attaque les droits de l'homme avec violence et censure, il a propagé une culture de mort via les agro toxiques interdits ailleurs, la légalisation du port d'armes, l'annexion des terres indigènes en Amazonie pour détruire la forêt au profit des orpailleurs et des compagnies de mines. Je n'arrive pas à comprendre cette force de destruction ». L'obscurantisme des temps présents sert, selon le flâneur brésilien, à « l'introspection », une descente vers les guerres intestines qui tourmentent chacun de nous. De la dureté et de la noirceur a surgit un album pacifié, créé seul, parfois renforcé par une jeune garde turbulente (Jaloo, Linn da Quebrada, Duda Beat) et Juçara Marçal du goupe new jazz Metá Metá.

 

Ainsi, l'album s'ouvre-t-il sur Portal de ativaçao. Le titre, aux accents marqués de musique nordestine (« du xote, du baião, du forró, de la samba de Bahia, etc., c'est naturel, c'est mon héritage »), nous incite à réagir, et à ouvrir le débat. « Qui veut parler ? Levez la main/Qui veut écouter, levez la main ! ». Au creuset africain si vif au Brésil, Lucas Santtana a rattaché le chamanisme des Amériques, en citant ici La prière aux 7 directions, de l'artiste new age Valum Votan (José Argüilles 1939-2011), référence au calendrier maya et à sa cosmologie mystique. Les attaques aux minorités (Ninguém solta a mão de ninguém), les mensonges du système politique en place (Um professor esta falando com você) sont abordés frontalement, tout comme la perversité des élites d'un Brésil post-colonial (Brasil Patriota, avec citations du livre Le serpent cosmique de Jeremy Narby, lui aussi adepte de l'hayahuasca, plante hallucinogène sacrée, mêlées à des emprunts à l'hymne national brésilien). « L'album est en circonvolutions. Les chansons se connectent, un mot dans l'une se retrouve dans l'autre, elles sont embrassées. C'est un univers».

 

Lucas Santtana incarne un Brésil cultivé et créatif. A la fin des années 1990, les majors du disque, victimes du piratage en masse, désertent le champ de la MPB (Musica Popular Brasileira), la chanson, aussi rock soit-elle. Surgit alors une génération très indépendantes, des « fils de », comme Moreno Veloso, fils de Caetano, des êtres singuliers, tel Rodrigo Amarante, des intellectuels, des groupes urbains comme Metá Metá, l'américano-brésilien Arto Lindsay, ou la chanteuse électro Céu. « Des univers très divers, des gens qui, comme moi, travaillent sur des textures. Ce que j'aime, c'est habiller des musiques, comme un couturier, avec des tissus, des couleurs ». Neveu de Tom Zé, fils du producteur historique des Tropicalistes, Roberto Sant'Ana, Lucas, multi instrumentiste, est appelé en 1993 par ses aînés Caetano Veloso et Gilberto Gil, pour participer à l'album Tropicália 2. On le retrouve aux côtés du révolutionnaire du rock éléctro Chico Science et de son groupe Nação Zumbi. Il publie son premier album, Eletro bem Dodô, chez l'indépendant Natasha Records en 2000. Il compose pour des vedettes de la MPB, Fernanda Abreu, Marisa Monte, Daniela Mercury...

 

En 2011, Lucas Santtana aborde les rivages européens, via l'Angleterre, et le label Mais Um Disco ! qui lui ouvre les portes de la BBC via le programme radio Wordwilde du DJ Gilles Peterson. En 2014, il intègre le label français novateur Nø Førmat!. Lucas croit à la force de l'amour, comme rempart à la ségrégation (Meu primeiro amor) et la gestion quotidienne de l'arbitraire (O melhor há de chegar, Não vamos desgrudar nunca mais, O Bem Maior). Tout passe, tout se transforme, parfois en pire (Seu pai, écrit avec Arto Lindsay, est un blues à double tranchant : « Ton père était bandit, mais te voici »). Les profonds dérèglements des sociétés, l'inversion absurde des valeurs et des constantes - la justice qui ment, la police qui tue, le bandit qui est artiste, le nuage qui pèse, le hamac qui fatigue - ne sauraient résister au précepte de Lavoisier (Todo se tranforma, chanson de l'Uruguayen Jorge Dexler). Le musicien philosophe et francophile livre ainsi un disque libre, aéré, poétique, car « même si les temps sont obscurs, ils passeront, car tout est cyclique. D'où le nom du disque : « le ciel est vieux depuis longtemps ».







NØF.38 — Modo Aviao


NØF.25 — Sobre Noites e Dias

Summer tour 2021


26.06.2021 VIENNE (FR) Jazz à Vienne
30.06.2021 PARIS (FR) New Morning
12.07.2021 ARLES (FR) Les Suds à Arles
15.07.2021 NARBONNE (FR) La Tempora
21.07.2021 BORDEAUX (FR) Les Inédits
23.07.2021 CHANAC (FR) Détours du monde
30.07.2021 FLOREFFE (BE) Esperanzah TBC
01.08.2021 SETE (FR) Fiesta Sete
10.08.2021 NANTES (FR) Aux Heures d’été
18.08.2021 NOTRE DAME DES MONTS (85) La Déferlante
22.08.2021 VALOGNES (FR) Les Traversees De Tatihou
28.08.2021 CHOMERAC (FR) Festival Soir Guitares

O Céu É Velho Há Muito Tempo